Anti-histamínicos: o que são e principais tipos (2024)

Os anti-histamínicos são remédios indicados para o tratamento de reações alérgicas, como urticária, coriza, rinite alergia ou conjuntivite, por exemplo, pois agem reduzindo os sintomas de coceira, inchaço, vermelhidão ou corrimento nasal. Esses remédios agem impedindo aação da histamina, uma substância que causa alergia, sendo por isso também chamados de antialérgicos.

O tipo de anti-histamínico que pode ser usado depende da condição a ser tratada, podendo ser indicado pelo médico o uso de anti-histamínicos de primeira, segunda ou terceira geração, que apresentam diferenças na forma de ação e nos efeitos colaterais, como sonolência, por exemplo.

Por isso, é importante consultar o médico para que seja realizado o diagnóstico da condição a ser tratada e, assim, ser orientado o melhor anti-histamínico, a dose do medicamento e a duração do tratamento. Além disso, esses remédios não devem ser usados por crianças, mulheres grávidas ou em amamentação sem indicação médica.

Anti-histamínicos: o que são e principais tipos (1)

Os principais tipos de anti-histamínicos incluem:

1. Anti-histamínicos clássicos ou de primeira geração

Os anti-histamínicos clássicos ou de primeira geração foram os primeiros a ser introduzidos no mercado e agem bloqueando a liberação de histamina no cérebro e na medula espinhal. Por isso, causam mais efeitos colaterais como sonolência acentuada, sedação, fadiga, alterações nas funções cognitivas e na memória. Além disso, são também mais difíceis de eliminar do corpo e, por estas razões, devem ser evitados.

Os principais anti-histamínicos de primeira geração são:

  • Prometazina, comprimido ou creme dermatológico (Fenergan ou Profergan);
  • Dexclorfeniramina, comprimido, xarope, gotas ou creme dermatológico (Polaramine ou Histamin);
  • Hidroxizina, comprimido, xarope ou solução oral (Hixizine ou Pruri-gran);
  • Clemastina, comprimido ou creme dermatológico (Emistin);
  • Difenidramina, ampola injetável (Difenidrin).

Esses anti-histamínicos geralmente são indicados para o tratamento de reações alérgicas, dermatite alérgica, urticária, rinite alérgica, vertigem, náuseas causadas por viagens, ou prevenção de vômitos pós-operatórios, por exemplo, e devem ser usados com orientação médica.

Além disso, alguns anti-histamínicos de primeira geração, como a difenidramina, podem ser usados em hospitais para o tratamento de reações alérgicas graves ou anafiláticas, aplicados diretamente na veia ou no músculo por um enfermeiro, sob supervisão médica.

2. Anti-histamínicos não clássicos ou de segunda geração

Os anti-histamínicos não clássicos ou de segunda geração são medicamentos que agem impedindo a ação da histamina em tecidos periféricos, como vasos sanguíneos, trato gastrointestinal e sistema respiratório. Esses anti-histamínicos penetram em menor quantidade no sistema nervoso central e são eliminados mais rapidamente, apresentando, por isso, menos efeitos colaterais.

Os principais anti-histamínicos de segunda geração são:

  • Loratadina, comprimido ou xarope (Claritin, Histadin ou Loratamed);
  • Cetirizina, comprimido, cápsula ou solução oral (Zyrtec ou Reactine);
  • Bilastina, comprimidos ou solução oral (Alektos);
  • Ebastina, comprimido ou xarope (Ebastel);
  • Epinastina, comprimidos ou colírio oftalmológico (Talerc ou Relestat).

Esses anti-histamínicos geralmente são indicados para rinite alérgica, urticária, rinoconjuntivite alérgica, ajudando a aliviar sintomas como coceira na pele, olhos ou nariz, sensação de nariz escorrendo ou entupido, espirros, olhos vermelhos ou tosse.

Antes de iniciar o tratamento com anti-histamínicos de segunda geração deve-se consultaro médico, para que possa ser recomendado o tratamento mais adequado de acordo com os sintomas apresentados. Saiba como reconhecer os sintomas de alergia.

3. Anti-histamínicos de terceira geração

Os anti-histamínicos de terceira geração, são remédios produzidos através da modificação de moléculas dos anti-histamínicos de segunda geração, apresentando a mesma ação e eficácia, porém com doses menores e menos efeitos colaterais.

Os principais anti-histamínicos de terceira geração são:

  • Levocetirizina, comprimidos ou gotas (Zyxem, Zina ou Rizi);
  • Desloratadina, comprimido ou xarope (Desalex, Leg ou Esalerg);
  • Fexofenadina, comprimido ou xarope (Allegra, Fexx ou Allexofedrin).

Esses remédios são indicados para o tratamento da rinite alérgica sazonal, urticária crônica, alergias na pele, coriza, conjuntivite alérgica ou febre do feno, por exemplo, e devem ser usados pelo tempo de tratamento orientado pelo médico.

Quais anti-histamínicos podem ser usados na gravidez

Durante toda a gravidez deve-se evitar ao máximo a utilização de medicamentos, incluindo os anti-histamínicos, especialmente no primeiro trimestre da gravidez, pois é a fase em que ocorre rápida multiplicação das células do embrião e formação dos principais órgãos, e o uso de remédios ou outras substâncias podem afetar o desenvolvimento do bebê.

No entanto, caso seja necessário, a grávida pode tomar anti-histamínicos, mas somente se indicado pelo obstetra. Os anti-histamínicos que são considerados mais seguros na gravidez, e que se encontram na categoria B, são a clorfeniramina, loratadina e difenidramina.

Quando não se deve usar

Os anti-histamínicos podem ser utilizados por qualquer pessoa, no entanto, existem alguns casos que precisam de orientação médica como:

  • Gravidez e amamentação;
  • Crianças;
  • Glaucoma;
  • Pressão alta;
  • Doenças renais ou do fígado;
  • Hipertrofia benigna da próstata.

Além disso, alguns destes medicamentos podem interagir com alguns anticoagulantes e remédios depressores do sistema nervoso central, como ansiolíticos ou anti-depressivos, sendo aconselhado consultar o médico antes de utilizar.

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Revisão clínica:

Flávia Costa

Farmacêutica

Formada em Farmácia pelo Centro Universitário Newton Paiva em 2003. Mestre em Ciências Biomédicas pela UBI, Portugal.

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  • 11 de abril, 2022 (Versão atual)

    Atualizado por Flávia Costa - Farmacêutica

  • 30 de março, 2022

    Atualizado por Flávia Costa - Farmacêutica

  • 12 de março, 2020

    Atualizado por Marcela Lemos - Biomédica

  • 29 de maio, 2019

    Atualizado por Andreina De Almeida - Nutricionista

  • 22 de março, 2017

    Revisão clínica por Manuel Reis - Enfermeiro

    Atualizado por Manuel Reis - Enfermeiro

  • Criado em setembro, 2009

Bibliografia

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